Leituras à beira mar...
Participaram as professoras de Física e Química (Ana Janeca e Cristina Pereira), de Biologia e Geologia (Rosário Santos) e as de História (Isabel Simões e Teresa Maia). A visita foi organizada pela Biblioteca Escolar.
Lancei ao mar um madeiro,
espetei-lhe um pau e um lençol.
Com palpite marinheiro
medi a altura do sol.
Deu-me o vento de feição,
levou-me ao cabo do mundo.
Pelote de vagabundo,
rebotalho de gibão.
Dormi no dorso das vagas,
pasmei na orla das praias,
arreneguei, roguei pragas,
mordi peloiros e zagaias.
Chamusquei o pelo hirsuto,
tive o corpo em chagas vivas,
estalaram-me as gengivas,
apodreci de escorbuto.
Com a mão direita benzi-me,
com a direita esganei.
Mil vezes no chão, bati-me,
outras mil me levantei.
no OSSO DA BALEIA
Na quarta feira,dia 3 de fevereiro, o 8ºD e o 11ºA rumaram à Praia do Osso da Baleia. Objetivo? Observar o movimento das ondas... recolher materiais para análise... e inspirar-se para a escrita... através da leitura, das ONDAS de LEITURAS.
Participaram as professoras de Física e Química (Ana Janeca e Cristina Pereira), de Biologia e Geologia (Rosário Santos) e as de História (Isabel Simões e Teresa Maia). A visita foi organizada pela Biblioteca Escolar.
Lancei ao mar um madeiro,
espetei-lhe um pau e um lençol.
Com palpite marinheiro
medi a altura do sol.
Deu-me o vento de feição,
levou-me ao cabo do mundo.
Pelote de vagabundo,
rebotalho de gibão.
Dormi no dorso das vagas,
pasmei na orla das praias,
arreneguei, roguei pragas,
mordi peloiros e zagaias.
Chamusquei o pelo hirsuto,
tive o corpo em chagas vivas,
estalaram-me as gengivas,
apodreci de escorbuto.
Com a mão direita benzi-me,
com a direita esganei.
Mil vezes no chão, bati-me,
Integrados no projeto Ler + Mar estes alunos cruzaram observações com leituras; ciência com literatura. O autor escolhido para as leituras foi o cientista Rómulo de Carvalho... ou seja o poeta António Gedeão.
Uma manhã diferente! Obrigada à Junta de Freguesia do Carriçp que nos disponibilizou o autocarro e à sua motorista D. Fátima que nos foi dando algumas "dicas" sobre o local.
ecoou nas sete partidas.
Fundei cidades e vidas,
rompi as arcas e os odres.
Tremi no escuro da selva,
alambique de suores.
Estendi na areia e na relva
mulheres de todas as cores.
Moldei as chaves do mundo
a que outros chamaram seu,
mas quem mergulhou no fundo
Do sonho, esse, fui eu.
O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
nas praias de Portugal.
António Gedeão In Teatro do Mundo, 1958
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