No dia 10 de junho celebra-se em Portugal o
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Breve história de um dia evocativo:
A primeira referência ao
caráter festivo do dia 10 de junho é de 1880 por um decreto real de D. Luís I
que declara "Dia de Festa Nacional
e de Grande Gala" para comemorar (apenas nesse ano) os 300 anos da
hipotética data da morte de Luís de Camões, 10 de junho de 1580.
O 10 de Junho começou por
ser apenas um feriado municipal (em Lisboa, a parir de 1911, pelo
decreto de 12 de junho que dava ainda a possibilidade de os concelhos escolherem um dia do ano que representasse as suas
festas tradicionais e municipais). A 29 de agosto de 1919, durante a 1ª República, através do
decreto 17.171, passa a consagrar-se o dia 10 de junho como feriado nacional.
Foi a partir desse período que o dia de Camões passou a ser festejado a nível
nacional, com particular ênfase pelo Estado Novo.
Até ao 25 de Abril, o 10
de Junho era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça, este último
epíteto criado por Salazar na inauguração do Estádio Nacional do Jamor em 1944.
A partir de 1978 este dia
fica designado como Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
É um dia assinalado por
várias manifestações cívicas. As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e
das Comunidades Portuguesas são celebradas por todo o país, mas só as
Comemorações Oficiais são presididas pelo Presidente da República e muitas
outras grandes individualidades como o Presidente da Assembleia da República, o
Primeiro-ministro, os Ministros, os Embaixadores e outras personalidades. As
comemorações envolvem diversas cerimónias militares, exposições, concertos,
cortejos e desfiles, além de uma cerimónia de condecorações feita pelo
Presidente da República; anualmente é selecionada uma cidade / região para
acolher essas comemorações oficiais.
Devido à pandemia de
covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa cancelou as comemorações do 10 de Junho que
estavam previstas para a Região Autónoma da Madeira e África do Sul e optou por
fazer em Lisboa uma cerimónia "pequena, simbólica", no Mosteiro dos
Jerónimos, em Lisboa.
Fontes: