Gedeão: poeta e cientista
Esta é a nossa pequena exposição com alguns poemas de António Gedeão. Tubos de ensaio misturam-se com relógios e camélias para ilustrar 6 poemas da sua extensa obra. Veremos se durante os próximos dias alguns destes poemas saltitarão de sala em sala!
Deixamos aqui um poema para atrair à visita:
Lágrima de preta
Encontrei
uma preta
que
estava a chorar,
pedi-lhe
uma lágrima
para
a analisar.
Recolhi
a lágrima
com
todo o cuidado
num
tubo de ensaio
bem
esterilizado.
Olhei-a
de um lado,
do
outro e de frente:
tinha
um ar de gota
muito
transparente.
A Lara, o Bernardo e o Rodolfo percorreram alguns espaços da nossa escola dando a conhecer este belíssimo poema de Gedeão. Obrigada aos alunos e à professora Irene Paquim que os ensaiou! |
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
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